A abdominoplastia (também conhecida como plástica abdominal ou ainda dermolipectomia abdominal) faz parte de um conjunto de técnicas conhecido como “cirurgias do contorno corporal”. Seu objetivo é melhorar ou restaurar o contorno do corpo. Nessa cirurgia é realizada a retirada do excesso de pele e tecido gorduroso para dar um aspecto mais firme ao abdome, além de melhor harmonizar a silhueta do paciente. Não é uma cirurgia com o objetivo de emagrecimento! Sua principal indicação é corrigir a flacidez após a gestação ou após grandes perdas ponderais.
A técnica cirúrgica consiste em uma incisão na região suprapúbica (no local onde é realizada a cesárea) e descolamento de toda pele e gordura até a região do apêndice xifóide (tórax) expondo, dessa forma, a musculatura do abdome. Após a gestação, os músculos retos abdominais sofrem uma separação, situação conhecida como diástase dos retos. A exposição desses músculos permite realizar uma sutura, unindo-os como eram antes da gravidez. Essa manobra é responsável por “cinturar” melhor o abdome. Muitas vezes, a abdominoplastia pode ser associada à lipoaspiração para potencializar esse efeito, técnica conhecida como lipoabdominoplastia.
Pacientes tabagistas não são bons candidatos para esse tipo de cirurgia. Mulheres que planejam gestações futuras devem ser aconselhadas a postergar a abdominoplastia. O excesso de peso também pode contra-indicar o procedimento, tanto pelo risco cirúrgico elevado, quanto pela possibilidade de resultado estético insatisfatório.
No pós-operatório recomenda-se o uso de malhas de compressão especiais. O uso de drenos também pode ser indicado e o prazo para a retirada varia de acordo com a cicatrização de cada paciente. O repouso absoluto no pós-operatório, ao contrário do que muitos acreditam, não é recomendado. Passar muito tempo deitado aumenta o risco de trombose venosa nas pernas. A trombose pode provocar a embolia pulmonar. Essa situação é grave e é uma das principais causas de morte pós cirurgia plástica. A prevenção da trombose é feita com o uso de medicações antitrombóticas, o uso de meias de compressão elástica e o repouso relativo. Pequenas caminhadas por dentro de casa de tempos em tempos, sem muito esforço, são recomendadas e eficazes na prevenção da trombose venosa e, consequentemente, da embolia pulmonar.
Siga sempre as orientações do seu cirurgião, evite conselhos e recomendações de parentes, vizinhos ou amigos.
